domingo, 26 de abril de 2009

Balanço Final

Na sequência do período passado tentámos adaptar-nos ao ritmo de trabalho exigido, preparando o melhor que pudemos as nossas actividades, tentando ao máximo cumprir com os prazos estipulados e com a planificação já realizada. Não foi difícil trabalhar em grupo, pois apesar de, às vezes confrontamo-nos com opiniões e ideias divergentes conseguimos objectiva-las e adapta-las ao trabalho a realizar sem problemas.
Tal como aconteceu no período passado, consideramos o nosso trabalho bastante satisfatório, pois apesar de não termos cumprindo exactamente com o estipulado na planificação, conseguimos dar a volta nas tarefas e realizar o previsto. Mais uma vez empenhámo-nos e demos o nosso melhor, tendo sido a evolução do projecto bastante produtiva e com um bom rendimento, superando as nossas expectativas. Os objectivos que tínhamos em mente e nos quais nos debruçamos para este período foram atingidos.
Assim dado o facto de trabalharmos em grupo, em harmonia e serenidade, possibilitou-nos a realização de todos os nossos objectivos. É deveras notório o nosso interesse e empenho na realização das tarefas e pretendemos seguir com o mesmo método no próximo período para que os resultados sejam tão positivos quão este.
O Processo de Bolonha

Depois do trabalho desenvolvido ao longo deste período eu e a Antoniya, debruçamo-nos essencialmente em ler e tratar de informação relativa ao Processo de Bolonha e organiza-la no blog com o objectivo de informar todos aqueles que percorram o nosso ‘’sitio’’. Podemos então reflectir que no nosso país, uma vez que até somos ambas estudantes e por inerência, mais ou menos directa, nos afecta a nós; porque alguns de nós não estão muito bem informados acerca do Processo de Bolonha e porque já constamos com divergentes opiniões acerca deste Bolonha, uns apelidaram de ter sido benéfico para os estudantes, outros assumem ser uma vergonha.
Depois de termos reflectido sobre esta temática podemos então enunciar que o Processo de Bolonha nasce em 19 de Junho de 1999 e foi assinado por 29 países avançando de forma deliberada com o conceito de Europa do Conhecimento, de facto um aspecto da sociedade civil europeia da actualidade, transnacional e transfronteiriça. Faz apelo à urgência de enfrentar as exigências da competitividade internacional do sistema do ensino e espera pela cooperação voluntária das Universidades de toda a Europa no sentido de organizar uma rede forte e coerente, que responda às novas exigências do conhecimento científico numa sociedade que se pretende estável e democrática.De alguma forma tenta estabelecer um conjunto de objectivos e de iniciativas destinado à construção de um espaço Europeu de ensino superior, atractivo e competitivo no plano internacional e a assegurar a mobilidade e a empregabilidade na Europa, fazendo face ao sistema norte-americano. Além de insistir nos dois ciclos, o primeiro com o mínimo de três anos, tendo sobretudo em vista o mercado de trabalho, valoriza o sistema de créditos como dinamizador da mobilidade, que se pretende cada vez maior, dos estudantes ao longo do processo de aprendizagem. Os governos nacionais, da totalidade dos países Europeus têm vindo a produzir legislação destinada a reorganizar a formação superior universitária e politécnica em conformidade com os princípios orientadores do Processo de Bolonha.Portugal já estabeleceu os princípios reguladores de instrumentos para a criação do espaço europeu de ensino superior (DL – 42/2005), já definiu as normas técnicas para a apresentação das estruturas curriculares e dos planos de estudos dos cursos superiores (Despacho 10543/2005 – Direcção Geral do Ensino Superior) e aprovou, recentemente, a Lei de Bases do Sistema Educativo que cria o enquadramento legal necessário à concretização dos objectivos do Processo de Bolonha (Lei -49/2005). Até aqui nenhuma crítica a assinalar. O problema reside no facto de a informação não circular de forma conveniente entre o Ministério da Ciência e Ensino Superior e as diversas instituições de ensino. Porque, ao contrário do que muitos falam (ou gritam), Bolonha não é uma vergonha! Bolonha é uma mão cheia de oportunidades que o país deve aproveitar. Estamos em crer que a classe estudantil não se sente indignada com o Processo de Bolonha em si! A afronta vai para a forma como este está a ser implementado! Quando tanto se fala em Choque Tecnológico e desafios de modernidade para o nosso país, é hora de o actual executivo tentar dar a devida importância a um desafio como é Bolonha, podendo, na eventualidade, usar os serviços mais descentralizados da Administração Pública para poder de forma condigna informar quem de direito!
Por outro lado para outros, este Processo veio alterar todo o esquema de ensino, ficando muitos alunos prejudicados, pois os cursos perderam competências com o encurtamento da carga horária e com a utilização de créditos por disciplina.
Na nossa opinião o PB foi um Processo benéfico, em termos gerais que veio facilitar o ensino e promover a cooperação entre diferentes países da UE, o que permite também uma evolução na carreira.
O trabalho que realizamos centrou-se essencialmente nesta temática e esperamos até ao final do ano ficarmos bem mais esclarecidas e decidas quanto ao curso que devemos ingressar no ensino superior, sendo que, uma boa hipótese seria mesmo ir estudar no estrangeiro. Porque Não !?!?!

Andreia e Antoniya

Entrevista

Entrevista com a doutora Vilma



Andreia: Quanto à sua experiência profissional, qual é a sua opinião acerca do processo de Bolonha?


Dra Vilma: O Processo de Bolonha veio trazer alterações nomeadamente ao ensino superior porque houve pessoas que estavam a terminar o seu curso e depois foram abrangidas por estas reformas e que tiveram que perder algum tempo para tirar o seu curso. Quem foi surpreendido por esta reforma no início do curso, penso que, foi vantajoso e que trouxe benefícios. No 3º ano, a pessoa que acaba o antigo bacharelato passa automaticamente para o mestrado.


Andreia: E acha que esta alteração dos cursos foi benéfica?

Dra Vilma: Penso que sim. Eu acho que é uma mais valia porque acaba por abreviar o percurso académico a ser mais vantajoso por facilitar e permitir a pessoa avançar com o mestrado mais rapidamente.


Andreia: E em termos de desvantagens?


Dra Vilma: Em termos de desvantagens, eu penso que algumas pessoas que foram atingidas por estas reformas foram penalizadas, pois tiveram de acrescentar outras cadeiras que não tinham feito e portanto não houve equivalências.


Andreia: Tem conhecimento de alguns programas/iniciativas?


Dra Vilma: Existem iniciativas de apoio que a U.E promove à educação, neste caso, o Programa de “Aprendizagem ao longo da vida” Este programa apoia a mobilidade transnacional, apoia projectos de redes europeias. E depois do programa “Aprendizagem ao longo da vida” existem vários programas como o “Leonardo da Vinci” , que é mais vocacionado para o ensino profissional, O “Comenius” é mais vocacionado para as escolas Secundárias , intercâmbios de jovens, entre outros. E depois, o nível de ensino superior existe o programa ERASMUS que tem tido bastante adesão, em que os alunos vão estudar para universidades de outros países; Loodric para educação dos adultos.


Andreia: Então e relativamente ao jovens de outrora com os jovens de agora? Existem mais probabilidades de trabalhar e/ou estudar no estrangeiro?


Dra Vilma: Em relação a antigamente? Sim, sem dúvida e isso é uma consequência de também estarmos na União Europeia, o que permite abrir portas para os jovens não só para estudar como para trabalhar, para viver e por isso é que existem estes programas apoiadas e financiadas pela U.E para facilitar a educação e a mobilidade dos jovens isto há muitos anos atrás que existe.

Andreia: E os jovens actualmente estão preparados para as dificuldades do ensino superior à escala Europeia?

Dra Vilma: Eu penso que sim. Penso que os nossos jovens presentemente têm uma “open Minde”, têm espírito aventureiro e pensam muito mais além, não pensam ficar por aaqui num círculo fechado e justifica-se pelo facto, nomeadamente, o programa Erasmus, vindo a crescer de ano para ano. Existe cada vez mais uma adesão maior de estudantes para países, como a França, a Itália. Cada vez mais existe maior interesse dos jovens a participar nestes programas e a experiência é totalmente diferente.

Andreia: Existem então bastantes vantagens em estudar na U.E ? E desvantagens?


Dra Vilma: Por um lado, a barreira linguística. A pessoa tem que ter o domínio da Língua. Se não dominar fluentemente a língua, isso poderá ser um entrave. Por outro lado, a integração/adaptação é diferente, o modo de vida é diferente. Portanto vais viver para outro país, onde as tradições, o modo de vida são sempre diferentes do nosso país. Portanto, cada país tem as suas tradições, a sua cultura. E essa fase de adaptação e integração, esse novo modo de vida, poderá eventualmente influenciar um cadinho, mas a pessoa adapta-se.

Andreia: E relativamente à vantagens face a mobilidade, flexibilidade e cooperação de trabalho e de estudar?

Dra Vilma: Apesar dos entraves que se possam deparar, é uma experiência que ganha e poderá ser profissional e mais que isso mais enriquecedora do que uma experiência no nosso país no currículo, visto que tiveste de estudar e trabalhar na empresa “tal”, num país “tal” é diferente, pois a pessoa só beneficia.

Andreia: E acha que a multiplicidade é oportunidade quer á nível superior, quer á nível profissional e os jovens tornam-se mais competentes?

Dra Vilma: Sim, sem dúvida. O facto de adquirir uma experiência nova noutro país como o intercâmbio contribui para serem mais competitivos.

Andreia: Depois desta toda nossa conversa, como é que descreveria “Ser jovem na Europa” em breves palavras?


Dra Vilma: Actualmente “Ser jovem na Europa”, reconheço que não é fácil, visto que o espírito é cada vez maior. Cada vez há um esforço maior dos jovens a ter mais habilitações para poder competir futuramente a nível profissional. Ma para isso terá que apostar nesta formação.

Andreia: Obrigada pela sua colaboração
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Publicado por Andreia